A Libra Terminais encerra suas atividades em Santos no próximo dia 29 de abril / Nair Bueno/DL
Continua depois da publicidade
O encerramento das atividades do Grupo Libra, no Porto de Santos, no dia 28 de abril, deve eliminar, pelo menos, 700 vagas de emprego. O Sindicato dos Empregados Terrestres em Transportes Aquaviários e Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Settaport) calcula que 500 trabalhadores devem perder o trabalho. A entidade dos Operadores de Guindastes e Empilhadeiras do Estado de São Paulo (Sindogeesp) prevê um corte de 140 entre avulsos e vinculados. Já os Estivadores estimam que 60 vinculados ficarão desempregados a partir de maio.
No caso dos estivadores, existem outros 3 mil avulsos que são convocados esporadicamente.
Continua depois da publicidade
Paulo Antônio da Rocha, presidente do (Sindogeesp), lamentou a situação da empresa e destacou que tem 100 trabalhadores vinculados e perto de 40 avulsos. "Teremos mais gente atuando como avulsos e aumentando o número de pessoas procurando trabalho na parede." Rocha disse que os trabalhadores ligados ao seu sindicato têm especialização e podem ser contratados por outros terminais.
O presidente do Sindicato dos Estivadores, o Nei da Estiva, disse que a "Libra já vai tarde". "Ela só trouxe transtorno para o Porto de Santos. Uma empresa que só se beneficiou e deve à União e viveu sem pagar dão prejuízo à sociedade e a todos. Já era para ter saído antes", disse.
Continua depois da publicidade
Libra
A empresa informou que a decisão dos armadores de transferir, no prazo de 30 dias, suas operações na Libra Terminal Santos para outro terminal no mesmo porto, obrigará a unidade a passar por um processo de reestruturação que inclui a redução do seu número de funcionários. A Libra honrará qualquer compromisso trabalhista resultante desta readequação.
A sentença criou insegurança entre os armadores quanto à continuidade de suas operações em Santos.
Continua depois da publicidade
Houve tentativa de se buscar solução que pudesse evitar o encerramento de suas atividades na Libra Terminais Santos.
No entanto, as tratativas não evoluíram com a rapidez necessária para dar um mínimo de segurança que permitisse aos armadores reverter a opção de saída, e eles se viram obrigados a buscar outro parceiro, de forma a não por em risco a continuidade das operações de seus navios.
O Grupo Libra reafirma que a situação da Libra Terminais Santos não têm impacto em suas operações na Libra Terminais Rio, na Libraport Campinas e na Libra Terminal Valongo.
Continua depois da publicidade
Codesp
O Ministério da Infraestrutura não foi notificado, até o momento, da decisão. Contudo, conforme amplamente noticiado, deu início aos estudos que estão sendo conduzidos pela Empresa de Planejamento e Logística S.A (EPL) em conjunto com a Autoridade Portuária de Santos (Codesp) para a relicitação da área.